quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

O Estado e o seu Papel na Economia

      Nos dias que correm, esta discussão ganhou uma atualidade maior, pois, na maioria dos Estados do mundo, as respostas do serviço nacional de saúde foram decisivas para tratar as pessoas que, infelizmente, contraíram a doença. Depois, os estados estão a preparar planos para melhora a economia que, parada, foi muito afetada.

    Esta discussão coloca-se entre os que, de um lado, defendem uma intervenção do estado na economia apenas como regulador da atividade económica, isto significa que o Estado apenas cria os quadros legais de funcionamento da Economia  e, no outro lado, no extremo oposto, onde estão aqueles que defendem que o Estado deve deter empresas estratégicas, de forma a poder controlar de tal forma a Economia que fica na sua mão desenvolvê-la.

    Estes extremos existem: refira-se o caso de liberalismo nos Estados Unidos da América, onde, a primeira vez que se pôs a hipótese de um sistema público de saúde foi na administração Obama, concretizando e tirando os mais pobres do sistema de seguros de saúde. Isto sucede porque, para prevenirem situações de dificuldade, as pessoas contratam seguros de saúde, pois os hospitais são privados e só tratam se as pessoas pagarem os serviços, normalmente caros e impossíveis de pagar por famílias da classe média, ainda que com poupanças acumuladas.

    Do outro lado, temos os Estados normalmente ligados a partidos comunistas, que não vivem em democracia política e controlam por isso todos os serviços do Estado e também as grandes empresas. Dessa forma, conseguiam controlar toda a sociedade, mantendo intactos os seus regimes. É o caso da Rússia, que controla as necessidades da população e, dessa forma, produz apenas aqueles bens que são necessários para satisfazer a população. Assim, estes estados limitam a liberdade de escolha económica, a liberdade de pensamento político, porque, havendo eleições em que só um partido as consegue ganhar,  controlam, em suma, a sociedade para se perpetuarem no poder. É fácil concluir que este tipo de sociedade não é desejável nem aceitável em contrapartida àquilo que as sociedades ocidentais nos proporcionam.

    Onde é que nós vivemos?

    As sociedades ocidentais tipo europeu baseiam-se na social-democracia, na qual o Estado e os privados convivem em termos salutares, proporcionado liberdade de escolha aos cidadãos, quer do ponto de vista político, quer do ponto de vista económico.

    Como chegamos aqui?

    Tudo começou em 1776, com a publicação da obra de Adam Smith, A Riqueza das Nações (esta obra está disponível na biblioteca da nossa escola), onde o autor descreve o funcionamento de uma sociedade de cariz liberal e assim fundou a escola de economia moderna. As suas teses foram estudadas e aplicadas durantes muitos anos, muitos pensadores económicos desenvolveram as suas teses.

    Jean Baptiste Say  cria, a partir das teses de Smith, a sua lei dos mercados, defendendo que "Toda a oferta gera a sua procura", aplicável com o advento da revolução industrial e o aumento muito significativo da capacidade de produção: as empresas começam a produzir cada vez mais. Ora bem: todos sabemos que a produção das empresas têm ser vendidas para gerarem lucros e, dessa forma, poderem continuar a produzir mais. Para isso acontecer, tem de haver consumidores com capacidade de consumo para comprarem esses produtos. Ora, isso não aconteceu e as empresas foram acumulando stocks (produtos não vendidos) e uma grande parte delas foi à falência, gerando uma das maiores crise mundiais: "A crise dos anos 30".

    Nesta altura, surge outro economista com resposta à grande crise:  Keynes. Primeiro, pôs em questão a lei de Say defendendo que toda a procura gerava a sua oferta. Defendia também a intervenção do Estado na economia, fazendo obras públicas para que assim a procura aumentasse. Keynes pensa que muitas pessoas e empresas a trabalharem  nas obras do Estado ganham capacidade de consumo e, assim, vão às lojas fazer compras. Faz-se crescer o comércio, que, ao pagar os salários, gera ainda mais capacidade de consumo. Esta ideia ficou conhecida como a "Cadeia de redespesa Keynessiana" e foi assim que se saiu da crise.

    E hoje? As empresas não têm ainda mais capacidade de produção?

    Sim, têm e por isso existe o Marketing, que tem como objetivo criar a ideia de que aquele produto é uma necessidade para as pessoas. É por isso que existe o consumismo e muitas pessoas estão sobreendividadas.

    Este texto tem como objetivo mostrar que nem sempre quem governa toma as melhores opções e pode até gerar crises mais ou menos prolongadas, que prejudicam as pessoas mais vulneráveis, que, dessa forma, perdem o emprego e o sustento da sua família. Pretendo também alertar-te para um poder enorme que tens nas tuas mãos: é a tua liberdade de escolha. Esta deves exercê-la com conhecimento e é por isso que podes frequentar várias disciplinas para poderes ter um conhecimento amplo da sociedade e agires da forma mais correta hoje sem comprometeres o teu dia de amanhã.

    Pensa pela tua cabeça, com conhecimento!







segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Pobreza na Encruzilhada da Pandemia

    

   


     Se, em janeiro do ano passado, me dissessem que hoje ia escrever sobre este tema, ninguém acreditaria.

    Contudo, Bill Gates alertou que isso podia acontecer em virtude da forma com se estava a desenvolver o mundo; devido ao modo como nos estávamos a desenvolver, este podia ser um dos resultados que íamos pagar mais cedo os mais tarde.

    A pandemia não escolheu ninguém: ricos, pobres, bem sucedidos ou pessoas menos realizadas, o problema maior é que a pandemia também não escolheu países, desenvolvidos, em desenvolvimento ou menos desenvolvidos.

  A questão que se coloca é que a nível internacional a globalização integrou toda a economia e sociedades mundialmente, o que nos obriga a todos que uma etapa importante como a imunidade de grupo ( 70% da população imunizada) seja uma tarefa complexa e morosa.

    Nos países desenvolvidos, a que Portugal pertence, não só as pessoas mais vulneráveis e com empregos precários vieram cair na pobreza, mas também pessoas com vidas bem organizadas, cujo ritmo de vida normal seria trabalhar para depois gozar um boa reforma, podendo disfrutar de viagens e uma boa qualidade de vida. Algumas delas também caíram na pobreza.

    Esta situação é resultado do confinamento (encerramento das atividades económicas), que nos trouxe para casa, de forma que a redução de contatos nos permitisse reduzir o número de casos de Covid.

    A questão pertinente que se coloca é se é possível salvar a economia em pandemia. A resposta é claramente não, e assim ultrapassar a pandemia é o único meio de se conseguir regressar a uma vida normal.

    No mundo inteiro, a Covid já provocou o seguinte retrato a nível mundial: segundo a revista Sábado de 7 de outubro de 2020, " o número de pessoas em situação de pobreza extrema no mundo vai aumentar em 150 milhões em 2021 devido à pandemia de covid-19, segundo previsões do Banco Mundial", correspondendo ao primeiro aumento em mais de vinte anos.

    A situação de pobreza extrema engloba todas as pessoas que, por dia, vivem com menos 1,16 € ,correspondendo a 9.1 % a 9.4 % da população mundial.

    A forma correta de encararmos isto é pensar que, quanto mais tempo demorar a pandemia, mais tempo leva a recuperar a economia. 

    Para finalizar, os números de hoje  (são seres humanos cada um deles) a nível mundial:

Confirmados
111 434 139
+264 191
Mortes
2 467 481
+5 219
Recuperados
62 896 30+191 062

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

 



                                                     SABEDORIA POPULAR

    Preenche os espaços em branco com a palavra correta:

    1. No poupar é que está o ___________________.

    2. Grão a grão enche a ________________ o papo.

    3. Galinha gorda por pouco _____________ não há no poleiro.

    4. _____________ é dinheiro.

    5. O __________________ não cai das árvores.

    6. ______________ suado é dinheiro abençoado.

    7. Enquanto há dinheiro, há ___________.

    8. Em casa sem ____________ todos ralham e ninguém tem ___________.

    9. Amigos, amigos, ___________________à parte.

    10. Se queres perder um _______, empresta-lhe ____________. 

    11.O _____________ voa.

    12. Quem compra o que não pode, _______ o que não quer.

    13. Vão-se os _____, ficam  os dedos.

    14. Quem não tem dinheiro, não tem __________.

    15. O ______________ sai caro.

    16. Não pôr os ______________ todos no mesmo cesto.


    Daqui a uns dias, publicaremos as soluções. Até lá, diverte-te.

         Descobre, nesta sopa de letras, palavras relacionadas com o dia a dia em termos do uso do dinheiro.

    Daqui a uns dias, publicaremos a solução. Até lá, diverte-te!

AS PREVISÕES EM ECONOMIA

     A dificuldade de fazer previsões em Economia      Já todos nós nos apercebemos da dificuldade de fazer previsões em Economia. Os meteor...